Utilizamos cookies para melhorar sua experiência em nosso site. Ao continuar, você concorda e aceita nossa Política de Privacidade.

Se preferir, informe quais cookies você permite utilizarmos clicando aqui.

Política de Cookies

Cookies são arquivos que auxiliam no reconhecimento do seu acesso ao site. Para personalizar e melhorar sua experiência, sugerir conteúdos de acordo com seu perfil, e facilitando a navegação de forma segura. Abaixo, temos a descrição de quais são os tipos de Cookies que usamos . Caso tenha dúvidas, acesse a nossa Política de Privacidade.

Tipos de Cookies que usamos

Essenciais

Estes cookies são imprescindíveis para a operação do site. A opção de usá-los vem selecionada por padrão, pois sem eles, a navegação fica comprometida e você não consegue aproveitar algumas funcionalidades básicas que o nosso site oferece.

Escola Aberta do Terceiro Setor

Cursos

Blog

Link copiado para área de transferência

Para fazer essa ação você precisar estar logado na plataforma.

Por Lívia Furtado

O cenário contemporâneo impõe às Organizações da Sociedade Civil (OSCs) uma demanda crescente por profissionalização, resultados tangíveis e, acima de tudo, confiança. Nesse contexto, a governança corporativa emerge não apenas como um diferencial, mas como um imperativo estratégico para a longevidade e o impacto efetivo das organizações do Terceiro Setor. Longe de ser uma formalidade burocrática, a governança em fundações e associações constitui o arcabouço de princípios, políticas, estruturas e processos que asseguram o alinhamento ao propósito estatutário, a alocação eficiente de recursos e a prestação de contas aos diversos stakeholders.

A relevância da governança no Terceiro Setor manifesta-se primordialmente na mitigação de riscos: Conselhos Curadores ou de Administração bem estruturados, com composição plural e expertise diversificada, garantem a supervisão da gestão executiva e a conformidade com as obrigações legais e regulatórias. Essa estrutura não só protege o patrimônio e a reputação da organização, mas também confere segurança aos doadores e parceiros, cada vez mais exigentes quanto à aplicação e rastreabilidade dos recursos. É a governança que estabelece as balizas para a tomada de decisão, promovendo um ambiente de responsabilidade e integridade.

A transparência, um dos pilares fundamentais da governança, é a espinha dorsal da credibilidade no Terceiro Setor. A divulgação clara e acessível de relatórios de atividades, demonstrativos de impacto e políticas internas não é mera formalidade, mas um imperativo ético e estratégico. Organizações que adotam práticas de transparência avançadas, superando o mínimo legal, constroem um vínculo de confiança inestimável com a sociedade civil, doadores, patrocinadores, parceiros, beneficiários e órgãos reguladores. Essa abertura demonstra o compromisso com a prestação de contas e fortalece a legitimidade da atuação, essencial para atrair e reter investimentos sociais.

Adicionalmente, uma governança madura atua como catalisador da inovação. Conselhos e Diretorias com visão estratégica, que fomentam um ambiente de questionamento construtivo e que investem no desenvolvimento contínuo de suas lideranças, criam as condições propícias para a experimentação e a busca por soluções criativas. Ao estabelecer mecanismos de avaliação de desempenho, incentivar a diversificação de fontes de receita e promover o pensamento empreendedor, a governança impulsiona a capacidade da organização de se adaptar a cenários complexos e de gerar impacto social de forma mais eficiente e escalável.

A interconexão entre governança, transparência e inovação é, portanto, simbiótica. Uma governança robusta fornece a estrutura para a transparência e a base para a gestão de riscos inerentes a processos inovadores. Por sua vez, a transparência fomenta a confiança, essencial para que a inovação seja percebida como valor agregado. Finalmente, a inovação permite que as organizações do Terceiro Setor maximizem seu impacto social, reforçando a necessidade de uma governança ágil e adaptável que lhes permita navegar e liderar em um ambiente em constante transformação.

Em suma, investir em governança não é um custo, mas um investimento estratégico que pavimenta o caminho para a sustentabilidade, a integridade e a capacidade de inovar das organizações do Terceiro Setor. Para fundações e associações que almejam perenidade e um legado de impacto, a governança robusta é a bússola que orienta, o alicerce que sustenta e o motor que impulsiona a transformação social.

 

A autora Lívia Furtado é consultora jurídica especializada em Direito do Terceiro Setor.

 

Fonte: www.facebook.com/fundamig.mg