Relações Públicas no Terceiro Setor - Escola Aberta do 3º Setor

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Comunicação como estratégia de sustentabilidade, mobilização e legitimidade social

 

Por Julia Caldas de Almeida

Em um cenário cada vez mais desafiador para as Organizações da Sociedade Civil (OSCs), falar de comunicação estratégica deixou de ser um luxo ou algo acessório. Hoje, ela é uma questão de sustentabilidade, relevância e, muitas vezes, de sobrevivência.

O trabalho de Relações Públicas (RP) vai muito além da visibilidade. Trata-se de cuidar da reputação institucional, fortalecer o relacionamento com stakeholders, criar uma narrativa sólida e gerar confiança social. No caso das OSCs, tudo isso é o que viabiliza a mobilização de recursos, a formação de parcerias e a capacidade de incidir politicamente em defesa de suas causas.

Reputação: o ativo invisível, mas decisivo

A reputação é um dos ativos mais valiosos que uma organização pode ter. Ela não aparece no balanço financeiro, mas influencia diretamente a capacidade de captar recursos, mobilizar voluntários, atrair parceiros e influenciar políticas públicas.

Uma boa reputação se constrói com tempo, consistência e coerência entre discurso e prática. Mas, infelizmente, pode ser colocada em risco rapidamente por crises mal gerenciadas, incoerências na comunicação ou pela ausência de diálogo com os públicos estratégicos.

No Terceiro Setor, onde o capital social é o principal patrimônio, a gestão da reputação é uma responsabilidade que não pode ser negligenciada.

Gestão de stakeholders: a base das Relações Públicas

Relações Públicas é, essencialmente, gestão de relacionamentos. E toda OSC tem múltiplos públicos de interesse:

Financiadores e doadores

– Voluntários
– Beneficiários
– Parceiros institucionais
– Imprensa
– Comunidades locais
– Órgãos públicos e formuladores de políticas
– A própria equipe interna

Conhecer, mapear e entender as expectativas desses stakeholders é essencial para criar estratégias de comunicação que fortaleçam o vínculo, a confiança e o engajamento.

Mobilização de recursos: começa (e depende) da reputação

Antes de conseguir uma doação, um patrocínio ou um investimento social, a organização precisa conquistar algo mais valioso: a confiança das pessoas.

Uma boa estratégia de RP não apenas amplia a visibilidade, mas também cria um ambiente de credibilidade para a organização. É a partir disso que a mobilização de recursos se torna mais fluida, sustentável e contínua.

Aqui, comunicação e captação de recursos não são áreas isoladas. Elas são duas faces da mesma moeda.

Advocacy e incidência pública: a comunicação como ferramenta de transformação social

Muitas OSCs atuam na defesa de direitos e na formulação de políticas públicas. Mas para que suas pautas sejam ouvidas, elas precisam ter uma presença pública forte, articulada e legítima.

Relações Públicas é o elo entre a organização e os espaços de debate público. Uma narrativa bem construída, consistente e estratégica pode garantir o espaço necessário para que a OSC influencie decisões e transforme realidades.

Cultura organizacional e comunicação interna: tudo começa por dentro

Uma organização com comunicação interna fragilizada dificilmente conseguirá construir uma imagem externa sólida.

Quando a alta gestão, colaboradores, terceirizados e voluntários estão bem informados, engajados e alinhados aos valores institucionais e ações da OSC, tornam-se os principais embaixadores da marca. O inverso também é tão verdadeiro quanto: a falta de alinhamento interno compromete a reputação externa da organização, em alguns casos, de forma irreversível

A comunicação interna não é um detalhe. Ela é parte essencial da estratégia de reputação.

Monitoramento, reputação digital e gestão de crises

No mundo hiperconectado em que vivemos, qualquer deslize pode virar uma crise em minutos. Por isso, é fundamental monitorar o que está sendo dito sobre a organização nas redes sociais, na imprensa e em canais digitais. Uma atuação preventiva e um plano de gerenciamento de crises fazem parte das responsabilidades de RP nas OSCs.

Comunicação é investimento, não custo

As OSCs que entendem a comunicação como um ativo estratégico estão um passo à frente. Elas constroem relações duradouras, protegem sua reputação, mobilizam mais recursos e têm maior capacidade de influenciar positivamente o ambiente onde atuam.

Relações Públicas no Terceiro Setor não é só sobre contar histórias. É sobre construir confiança, gerar impacto e garantir a sustentabilidade das causas que defendemos.

E por aí, na sua organização, a Comunicação tem sido considerada na estratégia?

__________________

*Julia Caldas de Almeida é mãe solo, relações públicas, superintendente executiva na FUNDAMIG, cofundadora do Movimento Mulheres 3S, atua no Terceiros Setor com projetos de impacto socioambiental; é professora,  palestrante e agente de transformação social:  Linkedin

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