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Em um momento no qual o Brasil se prepara para sediar a 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP30), a emergência climática deixou de ser uma pauta do futuro e seus efeitos exigem uma resposta imediata e comprometida. Durante a mesa Brasil no palco climático do mundo: o que temos a aprender e a oferecer, realizada no segundo dia de programação do 13º Congresso GIFE, mais do que investimentos financeiros, o debate girou em torno da necessidade de visão de longo prazo e conexão com os territórios vulneráveis.

“É um exercício constante fazer os recursos chegarem nos territórios”, reforçou Jonathas Azevedo, diretor-executivo da Rede Comuá. Sylvia Siqueira, da Open Society Foundations, fortaleceu o discurso, expondo que “essa conversa é sobre vida, e a vida ocorre em corpos, em territórios”.

Patricia Garrido, líder no Instituto Ethos, reforçou que, “quando falamos de riscos [climáticos], não são mais riscos, já são realidades”. O debate provocou a ideia de que a filantropia brasileira ainda caminha a passos tímidos frente à complexidade da crise ambiental, muitas vezes preferindo criar iniciativas próprias, em vez de fortalecer lideranças já existentes nas comunidades.

As crises ambientais foram tratadas como um tema transversal, que transita por desigualdades raciais e socioeconômicas. As falas reforçaram que enfrentar as emergências climáticas passa por apoiar quem está na linha de frente, como populações historicamente excluídas dos centros de decisão, conforme reforçou Amanda Costa, fundadora do Instituto Perifa Sustentável: “se queremos fortalecer a agenda climática, precisamos fortalecer lideranças negras, quilombolas e indígenas”.

Em paralelo, não há mais espaço para enxergar o clima como um risco futuro. Márcio Astrini, secretário-executivo do Observatório do Clima, explicou que “existem agendas na sociedade que são de proteção. É preciso frear o ritmo de destruição daquilo que ainda existe”. A mesa propôs que empresas precisam ir além dos relatórios, elas devem se traduzir em práticas concretas e investimentos transformadores.

Diante de tragédias climáticas recorrentes, ficou claro que a filantropia precisa se despir da neutralidade e assumir uma postura intencional, como pontuou Alice Amorim, chefe da Unidade Extraordinária de Assessoramento para a COP30: “situações de urgência mostram o papel da sociedade civil, e que a solução é descentralizada”, ou seja, é a soma de múltiplos agentes.

Fonte: GIFE